"O jornalismo é, antes de tudo - e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter". (Cláudio Abramo)
A comunicação está mais presente na nossa vida do que imaginamos. Rádio, TV, jornal, revista e internet fazem presença no nosso cotidiano e, de certa forma, nos ajudam a entender melhor o mundo em que vivemos. Eis que surge um p
rofissional que em meio a um furacão de acontecimentos, organiza os fatos, os acontecimentos e os transforma em notícia. Estamos falando do jornalista: profissão que infelizmente vem passando por uma profunda fase de turbulência, graças ao Sr. Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STJ).
Esta semana resolvi escrever um artigo para o Jornal da Cidade expondo a minha opinião sobre a obrigatoriedade do diploma ou melhor, a falta dela para o exercício da profissão de jornalista. Publicado o artigo, recebi muitos telefonemas elogiando a minha iniciativa. Eis que a surpresa surge hoje (domingo). Ao ler as cartas da sessão "Tribuna do Leitor" me deparo com um artigo bastante peculiar, o de uma nutricionista muito irritada com os jornalistas e com o presidente do STF. Realmente é lastimável que com tantos meios de informação e facilidades para obtê-la ainda existem pessoas que pensam como Gilmara Reis, a nutricionista que me refiro.
Em seu artigo, ela que orgulha-se da profissão, assim como eu, se diz injustiçada ao ser comparada com jornalista e ver suas receitas serem comparadas à reportagens. Sua indignação vem ao dizer que hoje os jornalistas não escrevem mais nada de interessante e que o principal alvo dos profissionais de comunicação é a especulação. Para finalizar seu "agradável" artigo, ela ainda diz que se dependesse da imprensa para sobreviver, passaria fome.
Como jornalista, também me senti profundamente ofendida ao ter a minha profissão comparada como a de um cozinheiro, não que a profissão seja ruim, ou mereça ser desvalorizada por não se exigir um diploma; pelo contrário, acredito que para ser um excelente cozinheiro, é preciso muita técnica e conhecimento, armas indispensáveis para o profissional de comunicação, como os jornalistas. É cabível que muitas pessoas ainda pensem como a Gilmara. Mas eu penso diferente. Acho que todas as profissões deveriam exigir um diploma ou pelo menos um conhecimento técnico, assim toda a sociedade ficaria "menos refém" dos maus profissionais e da falta de ética com que eles exercem as suas profissões.
Que pena que eu sinto de uma cidadã tão pobre de conhecimento. Como não sei se a senhora Gilmara Reis possui um diploma que comprove que realmente é uma nutricionista, eu é que não vou pedir conselhos de uma boa alimentação!!!
E então é isso...