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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Tudo vira pauta...

Depois de 4 anos eu entendi definitivamente a velha parábola dos professores: "Depois que você se torna um verdadeiro jornalista, tudo a sua volta vira pauta para uma nova matéria, até as flores do jardim da sua casa viram motivo para se fazer uma boa reportagem".
É engraçado dizer isso hoje, que sou jornalista de verdade. Na época em que ouvi essas palavras, se me recordo bem, foram ditas pelo queridissímo professor de assessoria de imprensa João Moretti no 2º ano de faculdade, eu não levei a sério e soltei um: Ah fala sério, que absurdo!
Hoje, entendo perfeitamente o que aquele magnifico professor queria dizer. A história começa mais ou menos assim:
Domingo, quase meio dia, uma cansativa rotina de trabalho, aquela fome, meus sobrinhos em casa e a "casa" toda revirada em consequência dos pentelhinhos. A Clarice decide de ultima hora que não iria fazer almoço, mas sim pegar tudo prontinho e só aquecer no microondas, beleza pensei eu, assim vou ter mais tempo pra descançar. Parte eu rumo ao Pão de Açucar, na bagagem 2 pestinhas que prometeram se comportar.
Logo no estacionamento fui surpreendida por uma mulher negra que tinha nos braços uma criança de mais ou menos 6 meses. Ela estava suja e com uma roupa bem velha e rasgada, me pediu uns trocados para comprar um pacote de fraldas para o bebê. Na hora abri o porta moedas do carro e dei-lhe 2,00 e pensei: "Se fosse o meu pai teria dito que não tinha nenhuma moeda". No supermercado o Felipe ingenuamente pergunta: "Tia o vovô vai saber que você pegou as moedas dele pra dar para aquela mulher fedida?"
Eu mal acreditava no que estava ouvindo, que preconceito, que ingênuo preconceito, afinal o Felipe só tem 4 anos. Ao sair do supermercado, alguém praticamente não viu as marcas do estacionamento no chão, parando completamente fora das marcações e o pior, quase em cima do meu carro, era impossível sair dali sem que alguém me auxiliasse. A mesma mulher que a meia hora me pedia alguns trocados logo foi chamando seu marido que junto dela abordava os motoristas para pedir alguma moeda. Prontamente ele me ajudou a sair daquele "beco estreito" e com um sorriso nos lábios agradece pelos 2,00.
Diante da atitude dele e a do meu sobrinho pude relacionar duas pautas:
1. As crianças tem seus valores influenciados pelos pais? Até que ponto o comportamento dos pais influenciam os filhos?
2. A população é realmente solidária? Qual o princípio da pobreza? Quem é mais pobre: o pedinte, que na dificuldade pede ou o rico que não ajuda e sempre reclama da vida?
E eu que não sou acostumada a ajudar, não pelo menos com dinheiro, me senti feliz e realizada.
"Amor com amor se paga..."
E então é isso...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Acabou mesmo!


Depois de alguns dias sem postar alguma coisa nova no meu blog, eis aqui uma postagem sinceramente desesperadora e angustiada.

Depois da belíssima (pelo menos pra mim) colação de grau e do maravilhoso baile de formatura, hoje me bateu uma angústia, uma saudade daquele povo, da faculdade, do bar (por que não?). Pensei: "Exatamente hoje eu estaria indo pra faculdade de novo"...Ai que pena! Fico pensando: "Será que com todo mundo acontece o mesmo, ou sou eu que AMO estudar?". Não sei, mas de uma coisa é certo, eu realmente amo estudar, gostaria de ser eternamente aluna, faria uma faculdade atrás da outra, as não apenas para colecionar títulos,mas sim novas experiências...

Ai vem o desespero: "Meu Deus, o que eu vou fazer agora?"... Dá vontade de parar o mundo e descer.Seria tão fácil e simples! Eu preciso de um emprego, algo novo, uma nova emoção, um novo olhar, sei lá, coisas novas.Mas é tão difícil começar...

Estou a beira de um colapso se eu continuar sem nada pra fazer esse ano, justo eu que estou sempre ligada no 220Wts, ou pelo menos quase sempre...

Incrível que nem uma cólica renal em plena sexta-feira me fez parar, sábadão eu já estava lá, firme, forte e pronta para brilhar no baile de formatura. Incrívelmente maravilhoso, sem palavras para descrever. Belo trabalho que eu e a Tayná fizemos. Tudo meticulosamente trabalhado!!

O Claudio estava maravilhoso, mesmo se sentindo ridículo com o terno e a gravata e reclamando um pouco dos sapatos de bico fino...

Amei meu vestido roxo e me surpreendi com os elogios!! Procurei seguir certinho o que minha irmã Telma disse na quinta-feira: "Aproveita mesmo esse momento porque você vai sentir saudades"...

Ai que saudades!!!

E então é isso...